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LEIA: Trechos do Livro


Lua Cheia
             A luz dos círios agora era muito mais forte que a do luar: ela já havia acendido seis, e a cada nova vela acesa o brilho prateado da Lua parecia esmaecer. Olhando para fora pela fenda no teto de pedra, a garota percebera que algumas nuvens diminuíam a força lunar na noite.
De repente, isso mudou: um vento mais forte afastou as nuvens, e então a Lua Cheia, agora bem no alto do céu, invadiu a caverna com toda a sua força e a sua magia.
O rapaz preso no centro da câmara soltou um urro de dor, um lamento intenso que se transformou em uivo, à medida que seu corpo readquiria a feição lupina.
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Clímax da história...
Ela estava dentro do heptágono, atravessara a barreira e encontrava-se agora à mercê do lobo. Tinha consciência de que aquela transformação era o último esforço do que restara do Fator L no sangue dele, a tentativa extrema da fera para saciar a fome premente.
Ele arreganhou os dentes de novo, satisfeito. Saltou sobre a garota e derrubou-a no chão frio. Ela não podia escapar. Não havia amarras sociais, nenhum comportamento padrão a ser seguido, nenhuma regra imposta a ser obedecida.
Havia apenas o predador e sua vítima.
Ela viu um brilho de reconhecimento nos olhos que a fitavam de perto... como se uma sensação o atingisse de repente. O animal a conhecia. E sabia que, se matasse daquela vez, se experimentasse a carne humana, sua redenção se tornaria impossível. O Ritual seria inútil.
A fome venceu. Ele arreganhou os dentes e já ia encaixá-los no pescoço da presa, quando ela reagiu. Com um soluço arrancado do fundo de sua alma, firmou as mãos.
– Eu te amo, Hector – sussurrou.
E cravou o punhal de prata no coração do lobisomem.
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O Poema Ritual
Com a ajuda de um amigo húngaro, após anos de pesquisas, Hector descobriu um poema em Latim inscrito numa lápide misteriosa na Europa. Talvez aquele texto fosse a chave para se realizar um Ritual capaz de anular a maldição que transforma um humano em lobo. Mas como interpretar o real significado do poema?
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Por sete cantos do mundo   
Tua peregrinação   
Sete passos sem descanso   
Da origem da maldição   
Homo Lupus, licantropo,   
Pelo sangue derramado   
Bebe deste amargo copo 
o fogo purificado.    
Por sete espadas de prata   
Teu sangue em expiação   
Sete horas, Sete círios   
Selam tua redenção.
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